Hoje foi o dia em que perdi a minha avó paterna, que no passado dia 29 tinha completado 95 anos de idade.
Até à semana passada ainda tricotava botas de lã, fazia uma bota por dia, bota essa que não podia ser começada ao Domingo, Terça ou Quinta, para não dar mau agoiro à tarefa começada.
Foram 95 anos, em que ficava sempre contente por me ver e delirava com a visita dos bisnetos.
Das minhas memórias de infância, ficam as visitas às feiras, os almoços de frango assado ou de costeletas de porco fritas acompanhadas de arroz branco, que para ficar mais guloso se juntava o molho de fritar a carne.
No Natal tínhamos sempre direito às últimas novidades que vinham de Espanha, encomendadas com muitos meses de antecedência.
Ela partiu e eu nunca cheguei a aprender a fazer meias com 5 agulhas, nem a receita dos biscoitos fritos, nem dos suspiros e nem das filhoses estendidas que ela fazia como ninguém.
Quando ser perde alguém, perde-se também uma parte da história, dos conhecimentos e a hipótese de voltar atrás.
Obrigada avó, por tudo.
A tua eterna Anita
E eu tenho umas botas !!
ResponderEliminarBeijo grande
Lamento a perda 😥.
ResponderEliminarÉ tao bom aprendermos com elas, ficam sempre grandes memorias que nunca esqueceremos.
Beijinho grande neste momento de dor.
Os meus sentimentos. Tenho a certeza que as memórias irão permanecer durante toda a tua vida. Infelizmente perdi os meus avós paternos há alguns anos mas as memórias cintinuam aqui bem frescas.
ResponderEliminarBeijinhos